A investigação de viciação de resultados no Brasil devido à "pena máxima" entra numa nova fase
O Governo do Estado de Goiás (MP-GO) deflagrou a terceira fase da operação de pena máxima para combater a manipulação de resultados no futebol. Na terça-feira, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em oito cidades de cinco estados, como parte de sete investigações.
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) liderou a operação e contou com o apoio de diversos órgãos públicos. Entre eles, o Serviço de Coordenação de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), a Polícia Militar do Estado de Goiás, a Rede Gaeco do Ministério Público de São Paulo e o Gaeco dos estados de Mato Grosso do Sul, Paraíba e Rio de Janeiro, segundo o MP-GO.
Um dos destaques da operação é uma partida entre Flamengo e Avaí no Campeonato Brasileiro de 2022. O Avaí venceu por 2 a 1, mas sempre houve a preocupação de como essa vitória foi alcançada.
A investigação nunca termina
Na última rodada de operações, uma extensão das fases anteriores da Operação Pena Máxima, foram realizadas operações em Goiânia, Bataguazu, Campina Grande, Nilópolis, Santana do Parnaíba, Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, Volta Redonda e Votubalanga. Além do jogo do Flamengo com o Avaí, a investigação também inclui duas partidas da segunda divisão do Campeonato Brasileiro de 2022 - Náutico x Sampaio Correa, e Náutico x Creta. Siuma.
Os demais jogos acontecem este ano e incluem Goiânia x Aparecidense, Goiás x Goiânia, Nacional x Auto Esporte e Sousa x Auto Esporte. O Departamento de Estado ainda não divulgou nenhum detalhe específico sobre a investigação. Além disso, os nomes dos jogadores supostamente envolvidos no esquema não foram mencionados.
Em investigações anteriores, jogadores envolvidos em outras partidas receberam penas que variam de multas a suspensões permanentes. Entre eles, Gabriel Tota e Matheus Gomez receberam as penas mais severas e não poderão voltar a jogar futebol profissional no Brasil.
FUTEBOL BRASILEIRO RECEBE AJUDA
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Polícia Federal (PF) uniram forças para combater a manipulação de resultados no futebol.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, informou esta semana aos dirigentes do futebol e aos governos estaduais de todo o país que a PF passará a receber uma cópia de todas as denúncias de casos suspeitos detectados pela tecnologia de análise de jogos Sportradar.
Em sua carta, Rodrigues enfatizou seu compromisso com a transparência e a integridade no futebol. Ele explicou que as informações enviadas à PF incluem relatórios e documentos sobre partidas consideradas suspeitas. A informação incluirá jogos criados antes da nova parceria com a PF.
A aliança entre CBF e Sportradar é parte fundamental das medidas de integridade adotadas pela CBF. As duas começaram a namorar em 2017 e renovaram o contrato por três anos no ano passado.
Como parte dessa parceria, a Sportradar monitora mais de 3.000 partidas sancionadas pela CBF a cada ano. Isso ampliou muito o escopo das competições do futebol brasileiro sob sua jurisdição. O monitoramento se estende ao acompanhamento de partidas da Série C e da Série D.
A parceria inclui a prestação de serviços de inteligência e investigação. Com a parceria com a PF, a CBF reforça seu compromisso com o combate à manipulação de resultados e à corrupção. Espera-se que ela continue a erradicar as organizações criminosas por trás da crise da manipulação de resultados.
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Fonte: www.casino.org