A MGM despede 140 executivos.
A atual pandemia provocou uma perda significativa de postos de trabalho na indústria dos casinos. Recentemente, a MGM Resorts International, uma empresa de jogo sediada em Las Vegas, anunciou a extinção de 140 cargos de direção. Esta decisão vem no seguimento dos 18 000 empregados que já tinham sido despedidos em agosto. Devido a uma grande queda nas receitas, o futuro do lendário operador de casinos permanece incerto.
Casinos e hotéis: A lutar para se manter à tona
A MGM, conhecida pelas suas propriedades de renome, como o MGM Grand e o Bellagio, em Las Vegas, explicou que estes cortes nos postos de trabalho foram resultado da pandemia. Os seus estabelecimentos estão a ter dificuldades em atrair turistas, o que resulta em baixas vendas. No entanto, Brian Ahern, porta-voz da empresa, prevê que as vendas recuperem assim que as vacinas sejam amplamente distribuídas e que se registem outros desenvolvimentos. Acrescentou ainda que não se trata de despedimentos permanentes e que os empregados despedidos serão bem-vindos de volta quando as vendas aumentarem.
As taxas de ocupação dos hotéis são atualmente inferiores a 50% e os esforços da MGM para colmatar esta lacuna têm sido infrutíferos. No ano passado, ofereceram quartos a preços ridiculamente baixos para atrair clientes, mas esta estratégia teve um êxito limitado. A empresa tem a certeza de que poderá retomar as operações normais em breve e que o número de empregados aumentará em conformidade. Os empregados que foram despedidos foram informados e continuarão a receber benefícios como os planos de saúde da MGM e o MGM Employee Grant Fund.
A fase de reestruturação da MGM foi alvo de críticas por parte de activistas laborais e sindicatos no início de agosto. A MGM reduziu a sua força de trabalho para 25 por cento, com milhares de empregados ainda em licença. No Nevada, as entidades patronais são obrigadas a informar os trabalhadores em licença da sua data de rescisão após seis meses de não reintegração.
MGM: Período de transição
Não é claro se a MGM cumprirá a sua promessa de recontratar os trabalhadores despedidos quando a crise abrandar. É também possível que haja mais despedimentos. Atualmente, Las Vegas está a funcionar com uma força de trabalho reduzida e muitos estão ainda em licença. A lei do Nevada exige que os empregadores notifiquem os trabalhadores em licença das datas de rescisão.
A MGM está atualmente a examinar a situação e a fazer os ajustamentos necessários. Nomearam recentemente Jonathan Halkyard como novo diretor financeiro, tendo Corey Sanders passado para o cargo de diretor de operações em dezembro. Da mesma forma, Anton Nikodemus tornou-se o Presidente do CityCenter e Ann Hoff assumiu o cargo de Presidente do Bellagio e do Park MGM.
Apesar destas mudanças em curso, a MGM está a avançar com a sua marca de apostas desportivas, BetMGM. Esta semana, assinaram uma parceria com a equipa de MLB Washington Nationals. Com a fusão da MGM e da Entain em curso, a BetMGM espera assumir uma posição de liderança no mercado de apostas dos EUA. As apostas desportivas em linha estão atualmente em alta, tendo atingido um volume de negócios e de apostas recorde em agosto de 2020.
Despedimentos em massa no sector dos casinos
Em novembro, houve 1,5 milhões de visitantes em Las Vegas, um declínio de 57% em relação ao ano anterior. Este facto levou a que mais empresas do sector fizessem reduções significativas na sua força de trabalho. A Penn National Gaming's M Resort cortou 159 postos de trabalho, enquanto a Penn fez mais de 400 despedimentos só em Las Vegas. A Boyd Gaming reduziu o seu pessoal em cerca de 2.500 pessoas e o Cosmopolitan registou mais de 3.100 despedimentos. O Circus Circus e o Tropicana também registaram centenas de despedimentos na ordem dos três dígitos.
Para além da MGM e destas empresas, outros grandes operadores também perderam muitos postos de trabalho em 2020. Na Ásia, o sector do jogo de Macau registou milhares de despedimentos. Na Europa, a Genting UK liderou o processo com mais de 1600 despedimentos. Os Casinos Austria e a Novomatic AG também registaram centenas de despedimentos. Enquanto a maior parte dos operadores está a sentir a pressão, Gauselmann, o proprietário do Merkur, conseguiu manter todos os seus empregados durante esta provação.
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