Acusações graves surgem durante o julgamento do presumível raptor de Maddie. - A polícia portuguesa teve um desempenho fraco.
Uma trabalhadora administrativa irlandesa é a testemunha principal num processo contra Christian Brückner (47) no Tribunal Regional de Braunschweig. Brückner é acusado de ter violado e assassinado Madeleine McCann (3) em 2007, e enfrenta cinco acusações de crimes sexuais. Hazel B. afirma com certeza que o arguido é o homem que a agrediu em junho de 2004.
Se o tribunal acreditar no seu testemunho, Brückner poderá ser condenado a prisão perpétua.
Durante o seu depoimento, Hazel B. alegou que a polícia portuguesa não teve em conta a sua provação, apesar de ter sido encontrada exposta e traumatizada na receção do seu prédio, imediatamente após o incidente. Só passados oito dias é que a polícia a chamou para ser interrogada em Portimão. Nenhum membro da família foi autorizado a acompanhá-la, e um amigo fluente em português teve de ir, deixando Hazel perdida e desorientada. Os agentes estavam sentados casualmente, com os pés em cima da mesa, e pareciam mais interessados em divertir-se do que em ajudar. Ela testemunhou que o interrogatório durou apenas alguns minutos antes de terminar, e ela nunca mais ouviu falar da polícia.
A polícia teve pouca consideração pelo seu calvário, atribuindo a agitação ao facto de prejudicar a indústria do turismo no Algarve. Enquanto Hazel tentava compreender a sua situação, agentes à paisana perseguiram-na. Aparentemente, o seu principal interesse era acusá-la de promiscuidade.
No caso Hazel B. são evidentes os elementos de trabalho policial desleixado e de desinteresse pelo crime. Tal como no caso Maddie, a polícia de Lagos chegou ao local do crime demasiado tarde - horas depois de o crime ter ocorrido. A investigação centrou-se depois nos pais.
O facto de a polícia portuguesa ter ignorado o caso Hazel B. pode ajudar a explicar a inconsistência do seu relatório. Uma discrepância notável é a descrição da arte corporal do agressor. O relatório da polícia menciona uma "tatuagem nas nádegas", mas Hazel insiste que nunca fez tal afirmação. Ela apenas mencionou que o agressor "tinha algo na coxa. Não sei o quê".
Outra inconsistência é a descrição das amarras. As lembranças da cena do crime mostram um cinto nas cores azul, branco e vermelho, enquanto o laudo cita "fita adesiva colorida".
Intensamente curiosa, a juíza Dra. Uta Engemann questiona Hazel B. sobre a sua vida íntima antes e depois do crime. Hazel, visivelmente angustiada com o interrogatório, pede uma pausa quando o tribunal pergunta quanto tempo duraram os seus ferimentos. "Ainda estou a sangrar."
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Fonte: symclub.org