Damian Aspinall entrega alegadamente a propriedade do clube de casino de Mayfair, em Londres, que tem o seu nome
Damian Aspinall, de 63 anos e filho de John Aspinall, que desempenhou um papel importante na legalização do jogo comercial no Reino Unido, terá renunciado à sua participação de 35% no Aspinalls Private Gambling Club, um casino criado na zona chique de Mayfair, em Londres, na década de 1960. De acordo com a coluna "Eden Confidential" de Richard Eden no Daily Mail, Damian não conseguiu reembolsar uma hipoteca de 6 milhões de libras (7,65 milhões de dólares) contraída para uma propriedade não especificada. Em consequência, a sua participação no clube-casino foi confiscada pelo Investec, o emissor da dívida.
O amigo de Damian comentou: "É o fim de uma era". A causa do incumprimento da hipoteca não é clara.
A Aspinalls está avaliada em cerca de 200 milhões de libras. O valor da participação de Damian no clube é incerto, embora Richard Eden cite que foi avaliada em 50 milhões de libras numa determinada altura.
Assuntos polémicos
O Aspinalls, em Londres, é um dos estabelecimentos de jogo mais luxuosos, com uma clientela oriunda da alta sociedade. Nos últimos anos, tem enfrentado várias controvérsias.
Em 2020, Aspinalls enfrentou acusações de discriminação racial no local de trabalho. Semhar Tesfagiorgi, um antigo dealer, recorreu ao tribunal para alegar que o pessoal era frequentemente maltratado tanto pelos gerentes como pelos clientes. Em 2021, um tribunal composto por três juízes considerou o clube culpado de discriminação racial.
Tesfagiorgi, uma mulher negra, alegou que o clube apenas atribuía "dealers do sexo feminino e de pele clara" aos clientes que o solicitassem. De acordo com o tribunal:
Em 2021, Han Joeh Lim, um empresário malaio, intentou uma ação judicial contra o Aspinalls. Alega que perdeu 4 milhões de libras a jogar bacará e que o casino era obrigado a interromper a sua sessão de apostas altas, mas não o fez. A sua ação judicial refere-se ao Gambling Act do Reino Unido, afirmando que "as pessoas vulneráveis devem ser protegidas contra os danos ou a exploração do jogo". O caso está em andamento.
Em 2022, a Aspinalls saiu vitoriosa de um processo movido por Lester Hui, um membro de longa data da Aspinalls que argumentou que não deveria ser responsabilizado por quase £ 600.000 em perdas. Hui alegou que tinha sido servido em excesso com 54% de prova de "água de fogo chinesa" e ficou "bêbado". O tribunal indeferiu o seu pedido, declarando que ele era responsável pelas suas dívidas e que tinha exagerado o seu nível de consumo de álcool.
O legado de Aspinall
John Aspinall desempenhou um papel vital na evolução da extensa indústria do jogo no Reino Unido, argumentando que o Chemin de Fer, ou bacará, um jogo de cartas comparativo que coloca um jogador contra um banqueiro (também conhecido como dealer), não se enquadrava na proibição de jogo do Parlamento. O Chemin de Fer, juntamente com outras operações de jogo ilegal, permitia-lhe contornar a lei subornando a polícia.
Depois de a sua mãe, Mary Osborne, que normalmente subornava as autoridades, se ter esquecido de efetuar os pagamentos, a polícia fez uma rusga a um dos estabelecimentos de jogo de Aspinall. A ação judicial que se seguiu foi a favor de Aspinall, uma vez que a decisão declarou que a proibição do jogo não se aplicava especificamente aos clubes de cartas privados. Esta decisão acabou por dar origem à Lei das Apostas e do Jogo de 1960, que estabeleceu regulamentos para os clubes de jogo privados. A lei de 1968, a Gaming Act, permitiu a existência de casinos comerciais.
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Fonte: www.casino.org
