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Ex-funcionário retalia no escândalo da Universal Entertainment

Kazuo Okada, diretor da Universal Entertainment, enfrenta acusações de suborno num escândalo de corrupção ligado a uma empresa de casinos das Filipinas.

FitJazz
31 de Mai de 2024
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NotíciasCasino
Kazuo Okada, que foi acusado por um antigo funcionário de subornar funcionários filipinos
Kazuo Okada, que foi acusado por um antigo funcionário de subornar funcionários filipinos

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Ex-funcionário retalia no escândalo da Universal Entertainment

Kazuo Okada, o próspero proprietário da Universal Entertainment Corp, um fabricante japonês de dispositivos de jogo que possui uma participação de 21% no Wynn Resorts, foi envolvido numa queixa-crime apresentada por um antigo trabalhador em relação a um longo escândalo de suborno, levando a uma disputa legal desconcertante.

A acusação gira em torno de 40 milhões de dólares que o queixoso, Takafumi Nakano, afirma ter sido instruído a fornecer como suborno para garantir a propriedade e vantagens fiscais para o casino de 2 mil milhões de dólares que a Universal Entertainment está a construir na Baía de Manila, nas Filipinas.

Nakano alega que foi instruído a pagar uma parte significativa desta soma em 2010 a Rodolfo Soriano, um consultor com ligações estreitas a Efraim Genuino, que era o diretor da agência reguladora do jogo nas Filipinas na altura. Nakano fez a mesma afirmação anteriormente num processo civil por difamação contra Okada. Okada, em resposta, alega que o seu antigo trabalhador, juntamente com outros dois, transferiu ilegalmente o dinheiro sem autorização. Apesar das suas declarações contraditórias, todos eles afirmam que estavam a obedecer às ordens de Okada.

Investigações e alegações

Esta alegação já deu origem a investigações por parte do FBI, do Nevada Gaming Board e do governo filipino. Se essas autoridades encontrarem provas substanciais de corrupção, a Universal poderá ser processada tanto nos Estados Unidos como nas Filipinas. A empresa, sediada em Tóquio, possui licenças para fabricar e distribuir equipamento de casino no Nevada, Mississippi e Nova Jersey. Se for considerada culpada, a organização poderá ter dificuldades em exercer a sua atividade nesses Estados.

Segundo os relatórios, a nova queixa foi enviada ao Ministério Público do Distrito de Tóquio na semana passada. Nela, Nakano escreveu: "A única possibilidade é que os 40 milhões de dólares tenham sido pagos como suborno a Genuino ou a outros funcionários públicos". Nakano referiu ainda que, na sequência das alegações de suborno, o governo filipino flexibilizou os regulamentos relativos à exploração de casinos por estrangeiros e autorizou a Universal a funcionar como parte da Autoridade da Zona Económica das Filipinas - um organismo governamental que gere os incentivos às empresas no país.

Alegações contraditórias

No mês passado, a Reuters noticiou que um dos representantes legais da Universal, Yuki Arai, propôs a Nakano que aceitasse uma indemnização para abandonar todas as suas reivindicações e para se abster de trabalhar com as agências de investigação. A Universal nega este facto e deu início a um processo judicial contra a Reuters por difamação. A Universal insiste que a proposta de acordo foi sugerida pelo advogado de Nakano, que pretendia obter milhões de dólares. O partido de Nakano nega este facto e a Reuters continua a manter a sua declaração.

O Ministério Público do Distrito de Tóquio não revelou se tenciona dar início a uma investigação própria. No entanto, o Japão foi recentemente criticado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) por não aplicar as suas próprias leis contra o suborno de funcionários estrangeiros por empresas japonesas. Nakano solicitou que o Ministério Público efectuasse um exame exaustivo. Embora a Universal Entertainment tenha iniciado a sua própria investigação independente, ainda não tornou públicas as suas conclusões.

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