Liberdades fundamentais e liberdades básicas concedidas aos indivíduos. - França: Um homem sírio considerado culpado de cometer atrocidades em tempo de guerra
Três altos funcionários dos serviços secretos sírios foram condenados à revelia por um tribunal de Paris a penas de prisão perpétua por terem contribuído para a prática de crimes contra a humanidade e crimes de guerra. O tribunal decretou que os seus mandados de captura devem permanecer activos.
Estes senhores estão a ser responsabilizados pela morte de dois cidadãos franceses na Síria. Os três indivíduos em julgamento, todos juízes na sua ausência, são Ali Mamluk, Jamil Hassan e Abdel Salam Mahmud. Ali Mamluk supervisionava o Gabinete de Segurança Nacional da Síria e era considerado um colaborador próximo e conselheiro essencial do Presidente sírio Bashar al-Assad.
Hassan foi chefe dos serviços secretos da força aérea síria até há pouco tempo. As vítimas da Síria afirmam que centenas de suspeitos contra Assad foram atormentados e mortos durante o seu governo. Salam Mahmud, por sua vez, ocupou o cargo de Diretor do Departamento de Investigação dos Serviços Secretos da Força Aérea num aeroporto militar crítico perto de Damasco.
Um julgamento com repercussões
Em particular, o incidente envolveu dois residentes franco-sírios que, de acordo com o Ministério Público, foram detidos pelo Serviço de Inteligência da Força Aérea em Damasco no início de novembro de 2013. Os familiares receberam certidões de óbito em agosto de 2018. Os documentos indicavam que os homens tinham morrido em 2014 e 2017 sem que os familiares pudessem ver os seus corpos.
Testemunhas descreveram a forma como os dois homens foram transportados para um aeroporto em Damasco, onde, segundo elas, um grande número de activistas da oposição foi alegadamente detido, torturado e morto nesse momento.
De acordo com o jornal "Le Figaro", este foi o primeiro julgamento em que representantes de tão alto nível do governo sírio foram considerados culpados de participar em crimes contra a humanidade, informou a advogada Clémence Bectarte, que representou vários co-autores no processo. Esta decisão é importante para centenas de milhares de sírios que ainda aguardam justiça, acrescentou.
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Fonte: www.stern.de