Mudança de retórica. - Merz revela o seu projeto para a chancelaria.
Friedrich Merz, durante uma entrevista ao jornal britânico "Financial Times", referiu que, à medida que a data das eleições se aproxima, os eleitores vêem-no menos como o líder da oposição e mais como um potencial chanceler.
Por conseguinte, o número de ataques políticos incisivos que anteriormente fazia diminuirá.
Desde que se tornou presidente federal da CDU e chefe do grupo parlamentar do Bundestag, Merz tem feito declarações polémicas, nomeadamente criticando a política de migração. Em setembro, declarou: "As pessoas ficam loucas quando vêem que 300.000 requerentes de asilo que foram recusados e não deixaram o país estão a receber todos os benefícios. No médico, arranjam os dentes e os cidadãos alemães não conseguem marcar consultas". Isto foi alvo de fortes críticas.
Reflectindo sobre estas declarações, Merz afirmou no "Financial Times" que, enquanto líder da oposição, deve ser permitido desafiar os limites. Considera que os seus comentários chamaram a atenção para a questão do bem-estar dos migrantes e levaram o governo a tomar as medidas necessárias. O chanceler Olaf Scholz (65 anos, SPD) também defendeu medidas mais rigorosas contra a migração ilegal logo após as observações de Merz.
Merz voltou a ser alvo de polémica no talk show "Markus Lanz". Referiu-se às crianças migrantes como "pequenos pashas", criticou o "turismo social" entre os ucranianos que fugiram para a Alemanha e acrescentou que estes estavam a visitar a sua terra natal.
A reeleição de Friedrich Merz como líder do partido CDU, na semana passada, com 90% dos votos, parece ter solidificado as suas hipóteses de ser o principal candidato da União a chanceler nas eleições federais de 2025. Apesar da sua popularidade moderada entre a população em geral, Merz mostrou-se confiante, referindo que o facto de o líder da oposição ter um índice de aprovação superior ao do chanceler em exercício só é comum quando um partido governa há muito tempo na Alemanha.
No entanto, Merz também lamentou a perceção errónea que se tem dele há anos e que foi atribuída tanto a adversários intrapartidários como extrapartidários. Referiu-se a esta fase como "Anos de Merz Bashing".
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Fonte: symclub.org
