O acordo alargado abrange ciberataques semelhantes aos incidentes da MGM e da Caesars
Na sequência dos ciberataques à MGM Resorts, à Caesars Entertainment e a outras grandes empresas, os países uniram forças numa frente unificada contra os criminosos de ransomware, informa a Reuters. A Iniciativa Internacional de Combate ao Ransomware (CRI), liderada pelos EUA, visa desmantelar a infraestrutura financeira desses cibercriminosos, frustrando suas operações.
A CRI, formada em 2021, é composta por 40 membros, incluindo a Austrália, o Brasil, o Canadá, Israel, o Japão, a União Europeia, o Reino Unido e os Estados Unidos, que se uniram na sua determinação de resistir ao pagamento de resgates aos cibercriminosos, enfatizando o papel fundamental da partilha de dados neste esforço.
A nível mundial, registou-se um aumento significativo dos ataques de ransomware, com os EUA a representarem, em média, cerca de 46% dos mesmos. Entre os ataques mais notáveis contam-se os da MGM, da Caesars e até da Clorox. A CRI acredita que pode intervir e parar a maioria destes ataques assim que o sistema estiver implementado.
Para combater os ataques de ransomware desde a sua origem, a coligação CRI planeia criar uma lista negra conjunta utilizando dados fornecidos pelo Tesouro dos EUA. Esta lista negra conterá informações sobre carteiras digitais utilizadas para pagamentos de resgates ligados a ataques de ransomware.
Os funcionários da Casa Branca indicaram que a estratégia utilizará tecnologias de ponta, como a inteligência artificial e a cadeia de blocos, para rastrear e identificar fundos ilícitos. Embora o aspeto original da tecnologia de cadeia de blocos estivesse enraizado no anonimato, hoje em dia, as fontes das carteiras de criptomoedas podem ser identificadas através da análise forense digital.
O CRI também planeia lançar dois novos canais de informação - um da Lituânia e outro de uma colaboração entre Israel e os Emirados Árabes Unidos. Estes canais ajudarão a partilha global de dados entre os membros do CRI, permitindo-lhes manter-se um passo à frente dos cibercriminosos.
O CRI não pretende impedir as empresas privadas de efectuarem pagamentos de resgates, mas espera dar-lhes a confiança de que a recusa de pagamento não conduzirá a interrupções operacionais.
Ainda não foram divulgados mais pormenores sobre o funcionamento do CRI. Ainda não foi esclarecido como funcionarão os dois novos canais ou o que acontecerá se um país membro desobedecer às regras.
Os ciberataques têm continuado a aumentar, com mais de 493,33 milhões de incidentes registados em todo o mundo no último ano, de acordo com as estatísticas do Statista. Estes piratas informáticos exploram frequentemente dados de um país para atingir organizações de outros países, o que sublinha a necessidade de colaboração internacional para resistir a estas ameaças.
Nos últimos três anos, o ataque da cibercriminalidade foi impulsionado pela pandemia de COVID-19, pelos esforços da Coreia do Norte para contornar as sanções e pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Esta aliança transformou o ciberespaço numa zona de guerra, sublinhando a importância da cooperação internacional para fazer face a estas ameaças.
Para além destes ataques em grande escala, instituições importantes como o Serviço Nacional de Saúde britânico, a Apple e vários governos sofreram ciberataques perturbadores. Na semana passada, a Universidade de Stanford revelou que estava a investigar um "incidente de cibersegurança", o terceiro do género ocorrido este ano. Na terça-feira, a Ace Hardware também admitiu ter sido vítima de um ataque.
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Fonte: www.casino.org