O calendário da Fed para a redução das taxas de juro permanece incerto.
Esta semana, os funcionários da Reserva Federal reunir-se-ão para discutir as taxas e definir a política, sendo que muitos esperam que mantenham as taxas estáveis pela sexta reunião consecutiva. No entanto, o que o banco central fará nos próximos meses permanece incerto, levando a uma ampla gama de previsões dos analistas.
Enquanto alguns grandes bancos, como o JPMorgan e o Goldman Sachs, antecipam o primeiro corte nas taxas em julho, outros, como o Wells Fargo, são mais cautelosos, apostando num corte em setembro. O Bank of America vai ainda mais longe, prevendo que o primeiro corte não acontecerá antes de dezembro. Alguns decisores políticos da Fed chegaram mesmo a lançar a ideia de uma subida das taxas em vez de um corte.
Atualmente, o mercado de futuros prevê que a melhor hipótese de a Fed reduzir as taxas é em setembro, com 44% de hipóteses de uma redução, em comparação com 42% de hipóteses de outra pausa. As probabilidades de um primeiro corte em novembro são menores.
Liz Ann Sonders, estrategista-chefe de investimentos da Charles Schwab, enfatizou a necessidade de clareza por parte do Fed, dizendo à CNN em uma entrevista que é preciso haver uma análise das condições que levariam a cortes nas taxas. A responsável referiu que as previsões económicas podem, por vezes, estar fora do alvo, o que leva à incerteza quanto ao momento e à magnitude dos futuros cortes nas taxas.
Apesar desta incerteza, a Fed continua concentrada no combate à inflação. Com a taxa de desemprego ainda abaixo dos 4%, o banco central foi incumbido pelo Congresso de estabilizar os preços e maximizar o emprego. De acordo com os analistas, se a inflação persistir até maio, é pouco provável que haja uma redução das taxas antes de julho ou setembro.
O mercado de trabalho estará no centro das atenções nesta sexta-feira, quando o Departamento do Trabalho divulgar os dados de abril sobre o crescimento mensal da folha de pagamento, ganhos salariais e a taxa de desemprego.
A indústria transformadora no México está a ter o seu momento, com os EUA e a China a investirem no país à medida que reconfiguram as cadeias de abastecimento. Como parte de uma tendência conhecida como "nearshoring", as empresas estão a trazer as instalações de produção para mais perto dos mercados domésticos. Esta mudança poderá beneficiar o sector industrial mexicano a longo prazo, de acordo com Alberto Ramos, diretor de investigação económica para a América Latina da Goldman Sachs.
O setor manufatureiro do México é particularmente atraente para empresas que buscam evitar interrupções na cadeia de suprimentos ou se separar da China em meio a tensões geopolíticas. Em 2023, o México ultrapassou a China como principal exportador para os EUA, com exportações impulsionadas pela indústria transformadora, que representa 40% da economia mexicana. As importações dos EUA provenientes do México aumentaram em fevereiro, enquanto as exportações chinesas para os EUA caíram 20% em 2023 em comparação com 2022.
Não pode pagar a Internet? Americanos rurais e idosos podem sofrer com a falta de dinheiro do programa acessível
Cindy Westman depende da Internet para gerir as necessidades médicas da sua filha. Mas na sua pequena cidade rural de Eureka, Illinois, onde a população é de apenas 5.100 habitantes, muitos residentes têm dificuldade em pagar a Internet doméstica. Agora, um programa federal vital que ajudou a disponibilizar Internet de alta velocidade a famílias com baixos rendimentos está a ficar sem dinheiro, pondo em risco a conetividade de milhões de americanos.
"É a principal forma de comunicar com os prestadores de cuidados de saúde para a minha filha, que tem paralisia cerebral e autismo. Não posso simplesmente ir de carro para qualquer lado - preciso da Internet para enviar mensagens aos médicos, aceder aos resultados dos exames e marcar consultas importantes", disse Westman à CNN.
O Benefício de Banda Larga de Emergência (EBB) da Comissão Federal de Comunicações, que oferece um desconto mensal de US$ 50 no serviço de internet doméstica para famílias de baixa renda elegíveis, deve expirar em 1º de março, após o qual os fundos não estarão mais disponíveis para o programa de descontos. Embora o governo federal tenha atribuído 14,2 mil milhões de dólares ao EBB, já distribuiu 3,2 mil milhões de dólares aos fornecedores de Internet, restando apenas 11 mil milhões de dólares.
Com uma elevada procura do programa e um financiamento limitado, muitos agregados familiares com baixos rendimentos correm o risco de perder completamente o acesso à Internet. Estes agregados familiares incluem americanos rurais e idosos que podem não ter meios para aceder à Internet de alta velocidade e enfrentam desafios adicionais na ligação a serviços essenciais.
"Estou muito preocupado com o que vai acontecer às pessoas que dependem do EBB para aceder à Internet em casa. Trata-se de uma tábua de salvação para muitas pessoas, e a sua perda poderá ter consequências desastrosas", afirmou Westman.
Embora o EBB esteja prestes a expirar, os legisladores no Congresso propuseram a sua prorrogação até 2024 para dar mais tempo para garantir o financiamento. Outros sugeriram alternativas, como subsidiar o serviço de Internet para famílias de baixa renda ou criar um fundo de emergência para ajudar a pagar as dívidas dos provedores de Internet. Mas com a expiração do programa a aproximar-se rapidamente, o futuro do acesso à Internet a preços acessíveis para milhões de americanos está em risco.
"Quando ela está fora de casa e sente fome, dou-lhe de comer e depois volto para casa para fazer a minha própria refeição". Westman, uma mulher de 43 anos, partilhou a sua rotina. "Ela não tem conhecimento de outra forma, pois tem vivido com a sua deficiência de desenvolvimento, conhecendo-a apenas como aquela que satisfaz a sua fome."
Desde 2021, os americanos que enfrentam dificuldades económicas, como Westman, têm-se contentado com a ajuda do programa federal amplamente utilizado, o Programa de Conectividade Acessível (ACP). Esta iniciativa ajuda a suportar o custo do serviço de Internet doméstico.
Esse programa tem sido vital para Westman, que depende do pagamento de auxílio-doença da Previdência Social. Os créditos governamentais fornecidos, com um máximo de 30 dólares por mês, permitem-lhe cobrir a totalidade das suas despesas com a Internet.
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Fonte: edition.cnn.com