O Comité da UE está a estudar uma regulamentação uniforme para os danos causados pelos jogos de azar.
A Associação Europeia de Jogos e Apostas (EGBA) sugeriu recentemente à União Europeia (UE) a uniformização dos jogos em linha em toda a Europa. Para dar início a este processo, a UE terá em conta as sugestões da EGBA e elaborará directrizes para avaliar os efeitos nocivos do jogo.
Os países têm comunicado as suas taxas de jogo problemático de forma diferente, o que dificulta as comparações entre eles. Atualmente, não existe um processo normalizado para medir estas taxas a nível mundial.
Com a proposta da EGBA, a UE espera uniformizar a regulamentação do jogo em linha. Embora ainda não exista uma estrutura abrangente, o desenvolvimento de uma forma comum de medir os danos do jogo é um passo na direção certa.
Alinhar a abordagem dos países em relação ao jogo
A EGBA, que inclui grandes operadores de jogo como Flutter, Entain e bet365, tem como objetivo normalizar os regulamentos para os operadores que trabalham em várias jurisdições. Isto também facilitaria o trabalho dos reguladores.
Em dezembro, a EGBA apresentou as suas propostas de normalização ao Comité Europeu de Normalização (CEN). Com o apoio de académicos, a organização apresentou critérios que poderiam ser utilizados por todos os Estados da UE para definir os danos do jogo.
O estudo da EGBA, que envolveu a exploração da forma como os diferentes países abordam os malefícios do jogo, revelou pouca uniformidade entre os países. Esta incoerência representa um obstáculo significativo ao crescimento consistente e estável da indústria do jogo.
Os representantes do CEN de vários países europeus e do Reino Unido trabalharão em conjunto na normalização destas medidas. Embora o Reino Unido já não faça parte da UE, continua a participar no CEN.
O CEN começará a desenvolver a normalização no primeiro trimestre do ano, tendo em conta os contributos da EGBA e de outras associações. Serão também consultadas entidades reguladoras, peritos em saúde e académicos.
As orientações resultantes serão voluntárias para a indústria de jogos da UE. No entanto, a UE pode impor a sua utilização através de legislação, se assim o entender.
Desigualdade na regulamentação do jogo
Como já foi referido, os países abordam o jogo e o jogo responsável de forma diferente. Alguns estudam o jogo com menos frequência, outros não o fazem de todo e outros não partilham as suas conclusões.
Além disso, os países utilizam questionários diferentes para avaliar as atitudes e os comportamentos dos jogadores, o que leva a resultados incomparáveis. Para além disso, alguns países só fazem inquéritos a grupos etários específicos.
Em conclusão, todos os países partilham o objetivo de promover o jogo responsável. No entanto, a ausência de uma norma comum para medir os malefícios do jogo torna esta tarefa difícil.
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Fonte: www.casino.org