Eden Golan demonstra o seu poder como concorrente de Israel no CES - "O meu desejo é ser um defensor dos que foram injustiçados."
A cantora israelita Eden Golan, de 20 anos, foi alvo de ameaças e de antissemitismo antes de participar num concurso de canto. A sua canção original "October Rain" foi considerada demasiado política e alterada para "Hurricane" devido à sua referência ao ataque do Hamas que tirou a vida a 1200 pessoas em 7 de outubro.
Em Malmö, Golan foi alvo de manifestações de ódio e de ameaças de morte, o que levou a que fosse confinada a um hotel secreto com segurança apertada para a semi-final e para a atuação desta noite. Apesar da situação tensa, Golan manteve-se otimista.
"Sinto-me à vontade na Suécia. Tenho uma equipa de segurança excecional que cuida de mim de forma impecável. Malmö tem sido simpática para mim e fez-me sentir bem-vindo. Estou a divertir-me muito aqui", afirma, mantendo o otimismo.
Os seus pais, sempre preocupados, continuam ao seu lado. "Estão naturalmente preocupados e preocupados, mas sabem que estou em boas mãos e que há pessoas a cuidar de mim. Por isso, estão lá apenas para me apoiar e fazer parte desta incrível viagem", partilhou.
Golan não expressou qualquer amargura pelo facto de ter de adaptar a sua canção. "Não estou a pensar no passado. Estou muito feliz com o resultado que temos. Temos uma canção emocional e poderosa que tem muito significado, tanto para mim como para muitos outros, e que ressoa profundamente dentro de mim. Não fico a pensar no passado".
Ela tem esperança de que a mensagem da sua canção perdure para além da competição. "As pessoas ligam-se à canção, ouvem a música e isso ajuda-as. Independentemente do que estejam a passar, isso dá-me um grande conforto. Estou imensamente grato pelas mensagens sinceras de pessoas de vários países."
Representar Israel no maior evento musical do mundo é uma honra considerável para a cantora. "Significa muito para mim ser a voz do meu país perante milhões de pessoas", afirmou.
Golan fez um esforço significativo para se preparar para este momento. "Quero deixar a nossa nação orgulhosa".
Embora os resultados favoráveis não sejam o seu objetivo, ela não descarta a possibilidade. "Estou feliz por termos chegado até aqui, e a oportunidade de atuar perante um grande público e mostrar as nossas vozes é significativa. O resultado não importa no final; o que é crucial é fazer a melhor atuação possível."
Golan pretende ter impacto nas pessoas e recordar-lhes o sofrimento que o Hamas tem causado ao seu povo.
A cantora reflecte: "Anseio por ser a voz das vítimas, a voz daqueles que ainda estão em cativeiro e que anseiam por regressar a casa." Cerca de 100 reféns continuam detidos pelo Hamas em Gaza.
No entanto, Golan acredita que a música transcende qualquer desafio. "A música pode forjar ligações. Não importa de onde alguém vem ou as suas crenças."
Golan encarou o evento como uma honra considerável, independentemente dos resultados. "A música ultrapassa todas as barreiras. Consegue colmatar lacunas. Não importa de onde alguém vem ou qual a fé que segue".
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Fonte: symclub.org