Conflito em Gaza - O Secretário-Geral da CSU considera embaraçosas as observações de Habeck sobre Israel.
O secretário-geral da CSU, Martin Huber, censurou duramente o vice-chanceler Robert Habeck (Verdes) por ter declarado que Israel desrespeitou o direito internacional. "As declarações de Habeck são incompreensíveis e vergonhosas", declarou Huber à agência noticiosa alemã. O ministro da Economia está a "atiçar a atmosfera já antissemita na Alemanha".
Anteriormente, Habeck tinha condenado as actividades de Israel no conflito de Gaza de uma forma invulgarmente direta. "É claro que Israel tem de respeitar o direito internacional. E a dor, a angústia da população palestiniana e os ataques na Faixa de Gaza são - como podemos agora observar em tribunal - contraditórios com o direito internacional", disse o ministro da Economia no sábado, durante uma conversa com cidadãos no Festival da Democracia, em Berlim. "Por outras palavras, é evidente que Israel ultrapassou certos limites e que não o deveria fazer". Até à data, o Governo alemão limitou-se a esperar que Israel respeitasse o direito internacional no conflito de Gaza. A acusação de violação do direito internacional representa uma mudança no tom da Alemanha.
Huber acusou Habeck de apoiar "a narrativa do Hamas e dos odiadores de Israel". As suas alegações passaram a linha de uma troca entre perseguidor e vítima. "Ele está a juntar-se às fileiras dos propagandistas do antissemitismo de esquerda que denigrem Israel. Isto não tem lugar na nossa sociedade", afirmou o secretário-geral da CSU.
Na segunda-feira, o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, pediu mandados de captura por alegados crimes contra a humanidade contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Joav Galant. O tribunal ainda não se pronunciou sobre estes mandados. Na sexta-feira, o Tribunal Internacional de Justiça ordenou a Israel que suspendesse a sua controversa operação militar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Esta decisão, que satisfez algumas das exigências da África do Sul num recurso urgente, foi tomada pelo mais importante tribunal das Nações Unidas, em Haia. A África do Sul considera Israel responsável por genocídio, enquanto Israel refuta esta afirmação.
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Fonte: www.stern.de