O chanceler esconde informações explosivas - Poderão os mísseis alemães já ter chegado à Rússia?
Cada vez mais países, como a Suécia, a Grã-Bretanha, a Finlândia, a República Checa e a Dinamarca, estão a permitir que a Ucrânia utilize oficialmente e publicamente armas de autodefesa contra a Rússia em solo e espaço aéreo russos. O Politico noticiou na passada quinta-feira que o governo dos Estados Unidos tinha recentemente autorizado a Ucrânia a utilizar secretamente essas armas.
No entanto, a Alemanha continua a ser uma exceção.
O porta-voz da chancelaria, Steffen Hebestreit, esclareceu na segunda-feira que a luta de defesa da Ucrânia, de acordo com o direito internacional, "não se limita ao seu próprio território" e pode "naturalmente" estender-se "ao território do agressor". Quando questionado se isto também se aplica às armas alemãs, o porta-voz de Scholz voltou a referir-se aos "acordos confidenciais" entre a Alemanha e a Ucrânia.
Além disso, Hebestreit sublinhou que, "no que diz respeito às armas que a Alemanha forneceu à Ucrânia" e ao seu "alcance", toda a questão "se moveria antes no domínio teórico".
Oficiais ucranianos, que pediram anonimato devido a potenciais tensões entre Kiev e Berlim, afirmam que a maioria dos alvos russos está dentro do alcance das armas e munições fornecidas pela Alemanha. Trata-se de armas de artilharia e lançadores de foguetes, posicionados a menos de cinco ou dez quilómetros da fronteira russo-ucraniana, que disparam continuamente contra a Ucrânia.
Este acordo existe desde a entrega dos sistemas no verão de 2022 e tem-se mantido inalterado desde então.
Consequentemente, a Ucrânia não precisaria, teoricamente, de carregar as suas armas de artilharia da Suécia (luz verde para atacar a Rússia) com munições da Alemanha (sem luz verde) para atacar alvos militares russos em Belgorod ou Kursk.
No entanto, não existe qualquer supervisão no local deste acordo.
Restrições semelhantes aplicam-se também aos sistemas de defesa aérea fornecidos pela Alemanha, como o Patriot e o Iris-T. Estes só funcionariam se um foguetão, míssil de cruzeiro, bomba ou drone russo atravessasse a fronteira ucraniana.
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