Prémio do júri no festival de Cannes ganho pelo realizador iraniano Rasoulof.
A honra reconhece uma carreira marcada por batalhas contra o governo autoritário iraniano. É uma conquista agridoce para Rasoulof, pois significa também o início de uma vida no exílio. "Não tenho qualquer intenção de regressar ao Irão neste momento", disse Rasoulof à AFP em Cannes.
A inspiração para o seu filme premiado surgiu durante o seu mais recente encarceramento no Irão, no verão de 2022. Esta situação coincidiu com manifestações em massa desencadeadas pela morte da rapariga curda Masha Amini, sob custódia.
A sua fuga do Irão suscitou o entusiasmo dos participantes no Festival de Cinema de Cannes. Pouco antes do início do festival no sul de França, Rasoulof contactou a partir de um local não revelado e agradeceu aos seus apoiantes, um ou dois dos quais arriscaram a vida para ajudar à sua fuga.
Com passagem pela Alemanha, onde a sua filha estuda, Rasoulof acabou por chegar a Cannes e foi recebido com entusiasmo. Mostrou-se otimista quanto ao facto de os iranianos poderem um dia voltar a "respirar facilmente". "Os iranianos estão furiosos e procuram uma oportunidade para mostrar a sua frustração", disse.
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Fonte: www.stern.de