Ato de hostilidade russo - Resistência cultural no encontro de museus sobre a destruição da Ucrânia
Na véspera da maior reunião de museus ucranianos desde o início do conflito, agendada para Berlim, o dirigente da Fundação do Património Cultural Prussiano, Hermann Parzinger, continua a ver apoio para as instituições culturais em perigo. Na Alemanha, a simpatia generalizada e o desejo de ajudar prevalecem em todas as esferas culturais, disse Parzinger, que supervisiona o maior organismo cultural do país, à agência noticiosa alemã.
Resistir à destruição intencional também no domínio da cultura
É certo que os efeitos do conflito na Ucrânia podem ser testemunhados nas práticas culturais locais, como os aumentos exorbitantes dos custos da energia. "No entanto, é crucial reconhecer a hostilidade que a Europa está a viver livremente", acrescentou. "Também é preciso resistir ao facto de se visar uma nação e um país culturalmente.
A Ucrânia vai continuar a beneficiar de programas suplementares, de conhecimentos especializados e de ligações com instituições culturais alemãs. A Ucrânia continuará a beneficiar de programas suplementares, de conhecimentos especializados e de ligações com instituições culturais alemãs. "Há muitas redes que nem sempre são reconhecidas publicamente".
Parzinger recordou a rápida ajuda prestada desde o início da guerra. "Agimos rapidamente desde o início, oferecendo material de embalagem, disponibilizando salas de armazenamento digital e implementando iniciativas de bolsas de estudo. Face a um conflito assassino em curso, é quase impossível fazer mais esforços a partir do exterior".
Quase uma centena de museus e instituições culturais ucranianas reúnem-se em Berlim na terça e quarta-feira, sob o lema "Da crise ao futuro: Novos papéis para os museus na Ucrânia". Os participantes pretendem apresentar propostas para a reconstrução do país e refletir sobre a forma de reforçar a sociedade civil ucraniana nas condições actuais.
"É crucial contemplar o futuro nesta conjuntura, mesmo que a guerra ainda não tenha terminado", comentou Parzinger. "Estou convencido de que as instituições culturais desempenharão um papel importante na reconstrução da Ucrânia." A Rússia está a dizimar deliberadamente a cultura e a identidade ucranianas através de ataques direccionados a estabelecimentos culturais.
Cultura em destaque na cimeira de doadores
Está prevista uma nova conferência internacional de doadores para 11 e 12 de junho, em Berlim. "O nosso objetivo é salientar junto dos nossos colegas ucranianos o valor das instituições culturais para o futuro da nação", afirmou Parzinger. "Por exemplo, no que diz respeito à reconstrução municipal e regional, os museus podem assumir várias tarefas, abrangendo infra-estruturas culturais, princípios de planeamento urbano e o papel que os museus podem desempenhar no cultivo de uma sociedade civil democrática robusta - e como a cultura ucraniana reforça a herança cultural comum da Europa."
Na opinião de Parzinger, a cultura deve ser o tema central da conferência. "As guerras destinadas a aniquilar a cultura e a identidade de uma nação exigem a preservação do seu futuro. Na ausência de identidade e de património cultural, é difícil para uma comunidade persistir. O papel e a relevância dos museus e das instituições culturais na formação da sociedade civil e na ajuda à reconstrução da nação devem ser reconhecidos. A Europa é um testemunho da unidade através da diversidade, e a Ucrânia é, sem dúvida, parte integrante."
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Fonte: www.stern.de