Soloviev renova o projeto do casino de Lower Manhattan com espaços de habitação baratos incluídos
O Grupo Soloviev repensou a sua ideia de um casino resort no East Side de Manhattan, em Nova Iorque. Deixou de lado a ideia de ter uma roda gigante e agora promete criar mais de 500 unidades habitacionais permanentemente acessíveis.
O Grupo Soloviev é gerido pelo bilionário Stefan Soloviev, que herdou a sua riqueza do seu falecido pai, Sheldon Solow. Este último era um magnata do sector imobiliário de Nova Iorque. Para além do arranha-céus da 9 West 57th St., com vista para o Plaza Hotel e para o Central Park, a herança de Sheldon incluía também um terreno não urbanizado de 6,7 acres a sul da sede das Nações Unidas. Este pedaço de terra é conhecido como "Freedom Plaza".
Stefan Santakovich Soloviev, que conseguiu construir o seu próprio sucesso empresarial através de investimentos no sector imobiliário, nos caminhos-de-ferro e na agricultura, quer investir o seu dinheiro na indústria do jogo nos EUA. A empresa de Soloviev está a preparar uma proposta de casino, que irá competir com cerca de 10 outras propostas para obter uma das três licenças de jogo que as autoridades do estado de Nova Iorque irão atribuir no próximo ano.
Nova visão
O Grupo Soloviev revelou esta semana um plano alterado para a apresentação do seu casino. O projeto revisto é visivelmente diferente do primeiro projeto. O plano inicial incluía uma roda gigante como peça central, mas Soloviev retirou-a devido a reacções locais.
O conceito reformulado inclui duas torres de hotel cor de champanhe com 1.200 quartos e um arranha-céu residencial na região sul da propriedade. O edifício residencial terá 1.325 unidades, das quais 513 serão destinadas a programas de habitação económica. Apenas os residentes com rendimentos médios iguais ou inferiores a 80% do rendimento médio da zona se qualificariam para alugar estas acomodações. Os estúdios, unidades de um, dois e três quartos serão alugados a preços abaixo do mercado por tempo indeterminado.
Michael Hershman, diretor executivo do Soloviev Group, falou com o The New York Times sobre a importância das novas habitações económicas. "Não somos obrigados a fazê-lo", disse Hershman. "Mas um casino permite-nos oferecer habitação a preços acessíveis numa localização privilegiada no centro da cidade. Sem um casino, a oferta deixaria de existir", esclareceu.
Para além das duas torres hoteleiras e dos alojamentos, o projeto do casino de Soloviev inclui também um "museu da democracia" e um espaço verde público.
Entretanto, Soloviev está a preparar uma instalação de arte pública no local. O artista de renome Bruno Munro instalará em breve mais de 17.000 esferas de fibra ótica com pouca luz para evocar "uma paisagem pintada enquadrada pela icónica linha do horizonte da cidade e pela zona ribeirinha do East River".
Conquistar os residentes e as autoridades
Sem dúvida, a decisão de Soloviev de oferecer habitação a preços acessíveis é uma tentativa de tornar a sua proposta de casino mais atractiva num processo de concurso competitivo. O Grupo Soloviev associou-se à Mohegan, o braço de jogo da tribo Mohegan do Connecticut, para este projeto da cidade de Nova Iorque.
Há muitas outras empresas de casino na corrida, que oferecem vantagens comunitárias para atrair a atenção dos residentes e das autoridades. As empresas esperam que as suas estâncias gerem um impulso económico e social.
Outro ator notável é o bilionário Larry Silverstein, de 92 anos, que quer construir um casino perto do Javits Center, na 41st St. com a 11th Avenue. O seu plano inclui um par de torres hoteleiras de 46 andares com 1.000 quartos. Se o seu projeto for aprovado, Silverstein está disposto a construir pelo menos 100 unidades de habitação a preços acessíveis à volta do casino.
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Fonte: www.casino.org
